11ª Jornada - Pontualidade
Depois de resolvidas as obrigações de praxe no albergue de Logroño, por volta das 17 h, resolvi ir à uma farmácia comprar esparadrapo e bandagens. Para minha decepção, havia um cartaz à porta dizendo: “Volto dentro de uma hora”.
Mais
à noite retornei ao estabelecimento e depois de cumprimentar o farmacêutico, sem mais delongas, interroguei-o sobre o aviso deixado na porta, dizendo: - O senhor anotou que voltaria ao fim de uma hora, mas não informou a horas
que saiu. Como é que eu poderia adivinhar a que horas iria voltar?
Ele não se abalou: - Perdoe-me, mas o aviso não dizia que eu voltaria ao fim de uma hora e sim dentro de uma hora. Se o senhor chegasse logo depois que
eu saí, esperaria no máximo uma hora. Na realidade o senhor teria esperado menos, pois voltei em trinta minutos. Em que lhe posso ser útil?
Inobstante nossa pequena divergência inicial, atendeu-me com extrema gentileza
e prestatividade, e ao observar que eu claudicava levemente na perna direita, ofertou-me um medicamento para massagem que, segundo ele, operava milagres no combate às dores.
Quando fui acertar as contas, ele gentilmente
se “esqueceu” de cobrar a pomada, e disse-me que era uma oferta da casa para auxiliar em meus propósitos. Apenas pediu-me, que desse um abraço no Santo Apóstolo, em seu nome, quando aportasse à Compostela.
Coisas inexplicáveis
de um Ano Santo...